Dc. Elio Junior Gollmann

Diácono da Igreja Evangelica Assembléia de Deus- Ministério Missão congregação Jd Bela Vista.

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terça-feira, 2 de agosto de 2011


A Nova Aliança em Cristo

Em II Cor 2:16 encontramos uma pergunta que não estudamos na lição anterior. "Quem porém, é suficiente para coisas desse tipo?" Examinemos essa pergunta cuidadosamente. Tentemos respondê-la. Na verdade, quem é suficiente para coisas desse tipo? Quem possui realmente a capacidade de manifestar sempre um espírito alegre e confiante... de sair sempre triunfando... de exercer forte influência sobre os outros... de ser totalmente digno de confiança... e de demonstrar realisticamente todas essas qualidades de tal forma que ninguém possa duvidar delas? Que curso de ação podemos tomar, que nos ensine a viver desse modo? Que livro terá esse efeito sobre nós? Que fantástica descoberta dos poderes ocultos do espírito humano produzirá uma vida assim? Quem é suficiente para essas coisas? E a pergunta fica noa ar, aguardando uma resposta. Paulo não nos deixa a procurar no escuro a resposta de sua penetrante pergunta. Ele nos dá a resposta direta em II Coríntios 3:4-6: "E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; não que por nós mesmos sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica." Ele coloca o segredo diante de nós, em termos inconfundíveis: nossa suficiência vem de Deus. E para que ninguém deixe de perceber as implicações disso, ele repete a mesma verdade, apresentando-a sob a forma de negativa: "não que por nós mesmos sejamos capazes de pensar alguma coisa." Nada vem de nós mesmos; tudo vem de Deus. Este é o segredo da suficiência humana. Viver em tais bases, afirma Paulo, é estar habilitado para ser "ministro da nova aliança". E ele compara essa idéia com a velha aliança - a "letra mata". Viver recebendo tudo de Deus, e nada de nós mesmos, é viver no Espírito, que está constantemente nos dando Vida, com V maiúsculo. Esse é o segredo que produziu em Paulo aquele espírito confiante que o caracterizava e o fez espalhar o aroma do conhecimento de Cristo, onde quer que fosse. A linguagem que ele emprega aqui nos faz lembrar das palavras de Jesus a seus discípulos: "Sem mim nada podeis fazer." (Jo 15:5.)
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A base da verdadeira vida
O apóstolo dá a entender que o segredo de uma vida plena e significativa reside naquilo que ele denomina "a nova aliança". Esta nova aliança é aquela a que Jesus se referiu quando passou o cálice aos seus discípulos, ao instituir a ceia do Senhor. "Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. Este cálice, tomado juntamente com o pão, deve relembrar-nos da verdade central de nossa vida: Jesus morreu por nós, para que possa viver em nós. É sua vida em nós que constitui o poder que nos capacita a viver a verdadeira vida cristã. Isto é a nova aliança. É importante que compreendamos o significado da palavra aliança. Segundo Paulo, há duas alianças operando na vida humana. Uma é a nova, que ele descreve como sendo "vinda de Deus e não de mim". A outra é a velha, que se acha em flagrante contraste com a primeira, e portanto pode ser descrita como sendo "tudo vem de mim; nada de Deus". O cristianismo não é apenas conversão, é mais que isso, é toda uma vida a ser vivida. Uma vida plena neste presente século, sem fugas e sem derrotas. Paulo assim a descreve: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós." (2 Co 4:7.) Este verso apresenta dois fatores muito importantes: a descrição da matéria básica da humanidade e o propósito de Deus. Primeiramente, ela examina o material básico com o qual Deus trabalha, e o descreve como sendo um vaso: " Temos, porém, este tesouro em vasos de barro". E este não é o único texto em que esta figura é apresentada. Talvez nunca tenhamos pensado em nós mesmos como vasos, mas trata-se do conceito essencial e fundamental da idéia bíblica a respeito do homem. Para que servem os vasos? Basicamente, são recipientes em que se coloca alguma coisa. Os vasos que usamos em casa (panelas, xícaras, tigelas) têm por finalidade conter alguma coisa, e quando não há nada neles, naturalmente, são vasos vazios. É isso que esse verso significa. Ele nos lembra que temos por finalidade conter alguma coisa. Fomos criados para sermos vasos, capazes de conter alguma coisa. E o que deveríamos conter? Essa é a pergunta que tem intrigado o homem, fazendo com que ele se lance numa busca constante de sua própria identidade. E a espantosa resposta da Bíblia é que fomos criados para conter Deus! A glória de nossa condição humana é que sua finalidade é conter o Todo-Poderoso. Nossa humanidade tem como desígnio corresponder à Divindade. "Eis o tabernáculo de Deus com os homens... E lhes enxugará dos olhos toda lágrima." (Ap 21:3,4.) Essa é a gloria de nossa condição humana. É correto dizer que uma vida sem Deus é um "vaso vazio". É exatamente isso o que ela é - vazia daquilo que deveria conter. O mundo hoje está sofrendo da "neurose do vazio". O resultado disso é que vemos homens e mulheres exibindo uma casca exterior de atividade e interesse, quando por dentro não há nada, a não ser um vazio ressonante.
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O tesouro escondido
Essa é a segunda grande verdade que encontramos no verso de II Co 4:7. Deus nos modelou de forma que até pessoas comuns como nós pudessem ser recipientes das riquezas mais notáveis e do maior poder que se conhece. Entretanto, deve estar sempre claro para todos que o poder e o tesouro não vêm de nós mesmos, mas de Deus. Será que já ouvimos isto antes? "Nada vem de nós; tudo vem de Deus." O fato é que ele determinou que as coisas fossem assim; é sua intenção que este grande poder, sabedoria e amor se tornem bem evidentes em pessoas bem comuns, que sem eles, não teriam importância alguma. "Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes, e Deus escolheu as coisas humildes do mundo e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus" (I Co 1:27-29). E o mais importante de tudo é que o apóstolo não está querendo apenas usar umas figuras bonitas. Ele está falando de realidades sólidas, de algo genuíno e prático, e não de algo meramente idealístico e visionário. Existe realmente um tesouro inestimável em cada crente; existe mesmo um poder inenarrável. Paulo explica isso em termos claros aos colossenses, quando descreve para eles o seu ministério: "Aos quais (apóstolos) Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da Glória" (Cl 1:27). A única esperança que temos de realizar, na vida presente, a glória que Deus determinou para nós, é aprender a utilizar esse tesouro interior e ser fortalecido pelo poder que se acha à nossa disposição. Esse tesouro e poder são "Cristo em vós". Ele é tão valioso, que o mundo pagaria qualquer preço para obtê-lo. Como já mencionamos, ele é o segredo da capacitação humana, enquanto, semanalmente, fortunas imensas são gastas num esforço vão para se descobrir esse tesouro e canalizá-lo para os negócios da vida. "Cristo em vós" é o segredo que a humanidade perdeu. Mas quando uma pessoa descobre todas as implicações desse segredo, sua vida é enriquecida de uma forma difícil de se explicar. Foi isso que mobilizou Paulo, fazendo-o percorrer todo o mundo de seus dias, proclamando o que ele chamava de "as insondáveis riquezas de Cristo".
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Um poder diferente
Este grande segredo interior é um tesouro, primeiramente porque é um poder transcendente. Transcendente significa acima do comum. É uma forma de poder completamente diferente. Em nossos dias, muitas vezes, o poder é usado para destruir, dividir, para explodir ou esmagar. Mas o poder transcendente une, reúne, harmoniza. Ele quebra paredes divisórias e derruba barreiras. Não faz adaptações externas, superficiais, mas opera a partir de dentro, produzindo transformações permanentes. Conhece algum outro poder semelhante a este? É totalmente ímpar. Em nenhuma parte existe algo semelhante a ele. Muitas filosofias e ideologias procuram imitá-lo, e pode ser que por algum tempo consigam produzir uma imitação razoável, mas no fim, todas elas mostram ser falsificações baratas e imperfeitas. Não passam quando são submetidas ao teste da realidade da vida. No fim, somente o "Cristo em vós", permanecerá.
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Os problemas corriqueiros da vida
Para mostrar como tudo isso é bem prático, o apóstolo prossegue descrevendo a maneira como se aplica aos fatos corriqueiros da vida: "Em tudo somos atribulados, porém, não angustiados; perplexos, porém, não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos" (II Co 4:8,9). Aqui estão todos os problemas que o homem enfrenta - e todos acham-se presentes na vida do crente.
1. Tribulações
"Em tudo somos atribulados".
São as irritações normais da vida, que todo mundo enfrenta, os incidentes oportunos e problemáticos que nos afligem. Alguns exemplos: chove quando menos se espera; o cachorro faz xixi onde não podia; o ferro de passar estraga quando há um monte enorme de roupas para passar... São os aborrecimentos normais da vida que todos sofrem. E os crentes não se acham isentos deles.
2. Perplexidades
Até mesmo para os apóstolos houve momentos em que não souberam como agir. Por vezes, ficaram em dúvida e tiveram dificuldade em tomar decisões, assim como acontece a nós. Sempre haverá muitas ocasiões para indecisões em nossa vida, quando não soubermos o que fazer ou dizer. São perplexidades normais da vida.
3. Perseguições
Ao crente são prometidas perseguições. Até mesmo as pessoas do mundo podem sofrer perseguições, mas os crentes podem estar certos delas, pois seu Mestre também foi perseguido. Essa palavra compreende toda a gama de ofensas intencionais contra os crentes, desde um leve menosprezo, frieza no trato e palavras mentirosas e críticas, até esforços deliberados para impedi-los em tudo, ataques corporais e mesmo tortura e morte. O crente pode esperar qualquer uma dessas coisas, ou todas elas. Os apóstolos foram perseguidos até a morte, e o Senhor também, e o "servo não é maior do que o seu senhor".
4. Catástrofes
"Abatidos". Essa palavra pode até gelar-nos o coração. Diz respeito a golpes rudes e esmagadores, que parecem vir-nos do nada - câncer, acidentes fatais, ataques cardíacos, tumultos, guerras, terremotos, insanidade. Os cristãos nem sempre estão protegidos de tais coisas. São experiências terríveis, que provam a nossa fé e nos deixam assustados e confusos. O livro de Jó é um exemplo claro de que tais catástrofes podem sobrevir a crentes, e que, apesar disso, o terno coração de Deus está por trás de tudo.
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Obtendo vitória
Vejamos agora como Paulo descreve a reação para com essas coisas: "Atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos." Temos aquele poder interior, um poder transcendente, diferente de qualquer outro e que resiste com uma força superior a qualquer pressão externa, e assim não ficamos angustiados, nem desanimados, nem desamparados, nem destruídos. E esse poder foi-nos concedido justamente com o objetivo de solucionar o problema das aflições, que são nosso fardo nessa terra. Elas nos sobrevêm a fim de que possamos demonstrar uma reação diferente da que é revelada por uma pessoa do mundo. Nossos vizinhos, observando nossas reações, não conseguem entender o que se passa conosco, e é justamente quando os deixamos perplexos, que temos mais possibilidades de mostrar-lhes as vantagens de nossa fé. Existe algo em nós que só poderá ser explicado como uma operação divina. Deve ficar claro, então, que o poder pertence a Deus, e não a nós. Cientes de que o Senhor opera em nós, segundo a Sua boa vontade, e de que somente nEle podemos alcançar a suficiência e o poder para enfrentarmos esses problemas, busquemos a Sua face com mais sabedoria e prudência, deixando-O viver intensamente através de nós.

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